quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Inveja


Juniperus communis
Semente de Junípero
Protetor contra a inveja
A inveja ocupa um lugar nada invejável entre as emoções. Provoca sofrimento, vergonha e desconforto e, em geral, temor em que se percebe como seu alvo. De intensidade excessiva e virulência destrutiva, associa-se a carências que ninguém gosta de demonstrar. A palavra "inveja" se origina do latim invidia, proveniente do verbo invideo, que significa olhar algo de modo malévolo, lançar mal olhado.

A Bíblia está repleta de referências sobre essa emoção tão pejorativa, chamando a atenção para seus aspectos negativos, perigosos e avassaladores. A inveja está entre os "sete pecados capitais", e isso não é pouca coisa; assim se destaca sua tonalidade negativa e moralmente desprestigiada, tendo em vista os valores da doutrina cristã. Com a importância que lhe cabe em nossa vida emocional, a inveja faz parte do patrimônio de reflexão de filósofos e teólogos da cultura ocidental e tem sido objeto de interesse da literatura desde suas origens. Existem várias referências clássicas e atuais no exame dessa emoção, como a de Ovídio em Metamorfoses:
"A inveja habita no fundo de um vale onde jamais se vê o sol. Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre trevas espessas... A palidez cobre seu rosto, seu corpo é descarnado, o olhar não se fixa em parte alguma. Tem os dentes manchados de tártaro, o ventre esverdeado pela bile, a língua úmida de veneno. Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor... Assiste com despeito ao sucesso dos homens e esse espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este é seu suplício."
Podemos achar evidências dos aspectos amedrontadores e corrosivos da inveja em diversos autores: Dante Alighieri em a Divina Comédia; William Shakespeare em Otelo; Santo Agostinho em Confissões; Espinoza em Ética; Fábio Hermann, Nietzche, Freud e tantos outros.

Deve-se atentar que "os sete pecados capitais" eram antes considerados problemas de saúde pelos antigos gregos, e transformados em pecados pelo cristianismo no intuito de proteger e educar seus seguidores, ou melhor, controlar o ser humano.

O jornalista Zuenir Ventura em seu livro Mal Secreto-Inveja escreve: "é um sentimento inconfessável e tão incidioso que faz com que os outros seis pecados capitais pareçam até 'invejáveis'. Pode-se controlar a cobiça e acalmar a ira. Seria possível sublimar a luxúria e saciar a gula; orgulho não chega a ser mortal e a preguiça não é um estado irreversível. Mas a inveja não, ela é inesgotável, um eterno descontentamento consigo mesmo".

A inveja é a tristeza pelo bem alheio ou a alegria pelo mal do outro. É gerada pelo egocentrismo e pela ganância. É uma vontade frustrada de ser melhor que todos, é uma revolta angustiante por não ser o "maioral". Para pessoas que trazem em seu íntimo o sentimento da inveja sugiro óleos essenciais, como segue:
  • Hortelã pimenta: atua no ego, dissipando inferioridade e orgulho.
  • Greapfruit: refresca e acalma ciúme, inveja e ressentimentos.
  • Camomila Azul: acalma emoções inflamadas.
  • Rosa: aplaca ira reprimida, ressentimentos da inveja, frustrações, sentimentos amargos.
  • Cipreste: traz generosidade de espírito e estimula o desapego.

Como diz o ditado, "non creo en brujas, pero que las hay, las hay", e a prevenção é o melhor remédio, sempre. Contra a danada da inveja, do dito "olho gordo" usemos muito Óleo Essencial de Semente de Júnipero e de Rosa Otto. Ambos protetores, espiritual e psiquico, poderosíssimos. Com eles não há o que temer.

Alegria e paz



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